sexta-feira, 14 de novembro de 2014

WebQuest/artigo científico de Simão.

WebQuest - um uso inteligente da Internet na escola
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SIMÃO PEDRO P. MARINHO
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Mestrado em Educação
Num  tempo  em  que  a  tecnologia  da  informação  permeia  mais  e mais  a  vida  da
sociedade contemporânea, trazendo um conjunto de transformações econômicas e sociais que
modificaram a base material da nossa sociedade (Adell, 1997; Castells, 1999),  a escola ainda
se vê desafiada a trazer o computador para o uso pelos alunos no seu cotidiano. O computador
ainda  está  ausente  de  muitas  escolas,  embora  pais  e  alunos,  movidos  principalmente  pela
lógica  da  empregabilidade,  demandem  da  escola  a  oportunidade  do  desenvolvimento  de
capacidade de usá-lo.
No caso da  escola particular  a presença  do computador é mais forte do que na
escola pública. Essa presença, sem dúvida, se deve muito à concorrência: "Se os alunos da
escola  concorrente  usam  o  computador,  a  minha  escola  também  tem  que  fazê -lo"  pensam
diretores  e  donos  de  escolas,  muito  embora  nem  sempre  se  ocupem  em  avaliar  as
possibilidades  reais  desse  uso,  sua  qualidade  e  adequação.  Mesmo  que  seja  por  conta  da
competição  no  mercado,  o  computador  é  trazido  para  a  escola,  numa  estratégia  de  dar
resposta mais imediata às demandas de alunos e de seus pais.
Mas,  no  que  tange  a  informática,  o  que  querem  mesmo  os  pais?  Talvez  não
saibam muito exatamente. Querem que seus filhos sejam capazes de usar o computador, uma
competência que consideram indispensável hoje. O computador passaria a representar hoje  o
que  a  máquina  de  escrever  representava  há  alguns  anos.  Naquele  tempo  as  pessoas
precisavam aprender datilografia, uma exigência para que pudessem conseguir emprego. Hoje
precisariam aprender a usar o computador.
Enquanto isso a escola ainda permanece um  pouco perdida no ―como usar‖ essa
tecnologia.  São  várias  as  razões  para  isso  e  vão  desde  o  despreparo  dos  seus  professores
para um uso inteligente dessa tecnologia (Marinho, 1985, 2000a, 2000b, 2000c, 2000d, 2000e),
uso  como  os  que  se  baseiam  no  construtivismo  (Strommen,  Lincoln,  1992)  ou  no
construcionismo proposto por Papert, até a carência de bom  software de uso educacional. Por
isso não foi a toa que muitas escolas partiram para o ensino de informática. Disciplinas foram
criadas para que os alunos aprendessem a usar alguns programas de computador: editor de
texto,  planilha  eletrônica,  base  de  dados.  Antes,  algumas  se  preocupavam  em  ensinar
comando do sistema operacional DOS e recursos do ambiente Windows
(*)
. A escola repetia ou
repete  basicamente  os  cursos  livres  oferecidos  por  diversas  empresas.  Isso  tinha  alguma
conveniência para a escola e para os pais. Os pais se davam por satisfeitos já que seus filhos
eram iniciados no uso do computador e não precisavam pagar cursos livres de informática para
eles.  Para a escola é conveniente já que fica mais fácil conseguir um professor de informática
que possa assumir essas aulas e ensinar os alunos a usar o computador, do que capacitar os
demais professores. Fazer ensino de informática representava economia a mais e problema a
menos.
Nessa acomodação, a escola perdeu a chance de fazer ensino com informática.
Usar o computador como uma ferramenta auxiliar nos processos  rotineiros da  aprendizagem
nem sempre tem sido a estratégia adotada. Uma estratégia que, no nosso  entendimento, seria
rica por uma série de razões. O computador não seria um fim em si mesmo ao não ser o objeto
de  estudo  numa  disciplina.  Os  alunos  apreenderiam  conteúdos  também  utilizando  o
computador como uma importante fonte de informação nas disciplinas curriculares. Ao mesmo
tempo,  ao  se  integrar  o  computador  nos  processos  de  aprendizagem  nas  diversas  áreas
1
Artigo publicado originalmente em  Caderno do Professor, n.7, p.55-64, Fevereiro, 2001.
2
curriculares  e  não  através  de  ―aulas  de  computação‖  (Eisenberg,  Johnson,  1996)  a  escola
acabaria fazendo com que, por tabela, os alunos aprendessem a usar o computador (Marinho,
1998),  desenvolvendo  as  habilidades  informacionais  (information  skills)  ou  computacionais
(computer skills) que estarão sendo exigidas às crianças no novo século (Brauer, 1995). Por
exemplo, seria mais adequado que os alunos desenvolvessem competência para usar o Word
(*)
ao produzir textos  em diferentes disciplinas (Microsoft, 2000a); que passassem a dominar os
fundamentos do Excel
(*)
usando-o para montar tabelas e gráficos em Matemática ou Ciências
(Microsoft, 2000b, 2000d); que aprendessem o básico sobre o Access
(*)
desenvolvendo bases
de dados em História  ou Geografia (Microsoft, 2000c), ao invés de terem aulas sobre  esses
softwares.
A Internet e a escola
O  excepcional  avanço  do  uso  da  Internet,  notadamente  nos  últimos  dois  anos,
vem demonstrando claramente os impactos que ela pode provocar  -  e de maneira geral  vem
provocando  -  em  diversos  setores  de  uma  sociedade  globalizada.  No  Brasil  o  número  de
usuários da Internet aumenta de maneira expressiva. Nas escolas brasileiras, especialmente
nas públicas, o uso desse recurso ainda é reduzido.
2
A "navegação" pela  World Wide Web  (WWW), seja para fazer compras, procurar
emprego ou simplesmente se informar, e o correio eletrônico ocupam cada vez mais tempo no
cotidiano de famílias  das classes média e alta. Adultos, adolescentes e até mesmo as crianças
começam a usar a Internet de uma forma tão natural como ligar o rádio ou a televisão na busca
de  informação  e  entretenimento.  Assim,  é  bastante  razoável  imaginar  que  essa  tecnologia
possa provocar impactos relevantes na escola (Marquès, 1998).
E, de repente, a Internet surge na escola como a solução para o problema do uso
do computador pelos alunos. Mas o que a escola vai fazer com a Internet?
A nossa escola fundamentalmente ainda continua com uma prática baseada num
paradigma  instrucionista,  se  preocupando  apenas  com  a  transmissão  dos  conteúdos,  pelo
professor-emissor, e a demonstração de domínio desses conteúdos, pelo aluno-receptor. Como
de  maneira  geral  os  professores  ainda  carecem  de  uma  formação  mais  adequada  para
imaginar e levar a cabo atividades de uso mais significativo do computador a tendência, sem
muita surpresa, foi a do uso da Internet como fonte de informação para as famosas ―pesquisas‖
escolares.
3
Em  tal  perspectiva  a  Internet  passa  a  ser  o  sucedâneo,  se  bem  que
reconhecidamente  ampliado,  da  biblioteca.  É  uma  nova  biblioteca,  virtual,  sem  espaço  físico
determinado,  acessível  a  qualquer  hora.  Através  da  Internet,  um  aluno  pode  acessar  muito
mais fontes de informações do que na biblioteca de sua escola. Mas há de se observar que é
também  uma  biblioteca  sem  controle,  que  oferece  dados  e  informações  das  mais  diferentes
formas e da mais variada qualidade e confiabilidade.
4
E  não  podemos  nos  esquecer  que  esse  tipo  de  ―pesquisa‖  na  Internet  daria  ao  aluno
oportunidades de estar enganando o seu professor, ao criar textos que são meras colagens.
Indo a várias fontes, cuja origem fica com a identificação mais difícil para o professor, e com os
recursos dos  browsers que lhe permitem, através de operações de copiar e colar, juntar textos
de terceiros, o aluno poderá fazer com que passem como sendo de sua produção textos que
na realidade são de outros. O aluno poderá trapacear sem muitas dificuldades. É só copiar aqui
2
Um levantamento feito pela Revista Nova Escola, em setembro de 2000, junto às secretarias estaduais
de educação aponta que apenas 17,591% das escolas públicas possuem computador e somente 7,35%
delas têm acesso à Internet. Das escolas que possuem computador, 41,8% têm acesso à Internet
(Falzetta, 2000).
3
A palavra foi colocada entre parênteses de forma proposital. Assim marcamos a nossa discordância
com o termo conforme normalmente utilizado na escola. Temos sérias restrições para com a forma pela
qual tal atividade é praticada nas escolas.
4
Essa questão pode ser bem explorada pelo professor. Capacidade crítica é uma competência a ser
desenvolvida e materiais disponíveis na Internet podem servir como objeto de análise pelos alunos e
pontos para discussão em aulas.
3
e  acolá,  juntar  parágrafos,  formatar  o  texto  (fonte,  tamanho  da  fonte,  alinhamento  e  outros
elementos) para criar uma uniformidade e o aluno estará produzindo, como se fossem originais,
textos que não passam de cópias. O seu único exercício terá sido o manuseio do  mouse ou do
teclado; não terá havido exercício intelectual.
Com  a  Internet  disponível,  a  ―pesquisa‖  escolar  passa  a  ser  feita  na  Internet,
desde que o aluno tenha acesso a ela (o que não tiver, continuará fazendo a ―pesquisa‖ nos
livros disponíveis) e se preten de que isso seja um uso do computador na educação. No nosso
entendimento, ao simplesmente determinar ao aluno que vá à Internet e busque ali um ou outro
texto a título de elaborar uma "pesquisa", os professores e a escola acabam por incorrer num
grande equívoco e, mesmo que sem querer, induzem à ilusão os alunos  -  e até mesmo seus
pais  -  ao  fazê-los  acreditar  que  isso  é  um  uso  adequado  do  computador  na  escola.  Como
destaca  Okerson (2000, apud BLUMENSTYK), caberá aos professores instilar os verdadeiros
valores  da  pesquisa  nessa  que  está  sendo  chamada  geração  do  ―corte-e-insira‖  (―copy  and
paste  generation‖).  Certamente  estarão  fazendo  isso  no  momento  em  que  promoverem
verdadeiras atividades de pesquisa de fontes de informação. Para isso deverão ser criativos  e
criteriosos.
Nessa perspectiva, entendemos que muito mais interessante, em princípio, seria o
uso da Internet como um ponto focal de pesquisa numa aprendizagem baseada em problema
(problem  based  learning)  (Schools  of  California  Online  Resources  for  Education,  s.d.)  ou  na
aprendizagem  baseada  em  projeto  (project  based  learning)
5
(Brophy  ,  1995;  Grégoire,
Laferrière, 1999; Moursund, 1999).
Com certeza a Internet, como uma nova tecnologia da informação, pode ser uma
valiosa  ferramenta  para  a  escola  (Adell,  1996;  Bracewell,  Breuleux,  Laferrière  et  al.,  1998),
ajudando na sua reforma (Riel, s.d.). A Internet, com todos os seus recursos, poderá contribuir
para a transformação da sala de aula em um ambiente ativo para o aluno (Siwinski, 1998), ao
invés do ambiente da sua passividade com tem sido até hoje, fazendo a transição da instrução
centrada  no  currículo  para  a  instrução  centrada  no  estudante  (Sandholtz,  Ringstaff,  Dwyer,
1997).
Mas mesmo com a Internet (ou talvez até mesmo por causa dela) a escola ainda
terá o desafio de contar com professores preparados para estimular uma utilização, de forma
adequada, e capazes de planejar tarefas de  aprendizagem que possam estar eficientemente
ancoradas  nesse  recurso.  Esse  preparo  significará  um  chamamento  a mudanças  d e  postura
nos professores, não só para adotarem essas novas tecnologias, mas na forma de ensinar, o
que certamente vai exigir-lhes um novo papel na escola (Dias, 1999; Marinho, 1998, Masetto,
2000).  Professores  acomodados  com  suas  anotações  de  aulas,  com  habilidades  enlatadas
serão  pobres  navegadores  na  Internet  (Brauer,  1995)  e  pouco  poderão  contribuir  para  a
mudança na escola no que tange à incorporação dessa tecnologia.
Acreditar que a Internet chegará para a escola como a solução pronta e acabada
para resolver o problema do uso do computador é uma ingenuidade que professores, diretores
e  especialistas  educacionais  não  podem  se  permitir.  Por  isso  é  preciso  que  professor
desenvolva  atividades  com  o  concurso  da  Internet  que  possam  realmente  agregar  valores  à
formação  dos  alunos.  Seria  um  uso  inteligente  da  Internet  na  educação  (March,  1995).  A
WebQuest é uma possibilidade.
WebQuest
Em 1995, Bernie Dodge, professor de tecnologia educacional da San Diego State
University  (SDSU),  nos  Estados  Unidos,  desenvolveu  um  formato  de  lições  baseadas  na
WWW. As  idéias  iniciais  de  Dodge  estão  no  artigo  ―Some  thoughts  about  WebQuests―,  que
está disponível na Internet em http://edweb.sdsu.edu/courses/EDTEC596/About_WebQuests.html.
5
Uma útil distinção entre aprendizagem baseada em projeto e aprendizagem baseada em problemas é
encontrada em Esch (1998).  
4
Segundo  Dodge  (1995),  a  WebQuest  (que  em  português  poderia  ser  entendida
como Busca ou Aventura na Web) é ―uma atividade orientada para a pesquisa na qual algumas
ou todas as informações com as quais os estudantes interagem vêm de fontes na Internet‖.
Desde  1995  a  noção  de  WebQuest  vem  sendo  adotada  e  adaptada  por
professores dos mais diversos lugares, especialmente nos Estados Unidos e Canadá, sendo
uma  atividade  reconhecida  como  opção  valiosa  quando  se  pretende  integrar  a  Internet  de
forma  produtiva  na  escola  (Gigglepotz,  s.d.)  e  para  promover  a  c hamada  alfabetização
tecnológica  na  sala  de  aula  (Watson,  1999).  É  considerada  uma  forma  não -intimidante  para
levar os professores a usar a tecnologia na perspectiva de encontrar os objetivos curriculares
(Collier, 1999).
A WebQuest  vem sendo considerada uma ferramenta construtivista (Andris, 1999;
Perrone, Clark, Repenning, 1996).
Yoder  (1999),  além de  fornecer  alguns  exemplos  interessantes  de  atividades  de
WebQuest,  mostrou  a  utilidade  desse  recurso  pedagógico  no  que  seria  um  uso  da  Internet
produtivo  e  provocativo  da  reflexão.  Uma  atividade  de  WebQuest  favorece  a  aprendizagem
cooperativa (Balkcom, 1992) e a colaborativa (Stahl, Sumner, Repenning, 1995). É exatamente
em torno de projetos colaborativos que têm sido desenhados programas exitosos que buscam
o desenvolvimento das habilidades informacionais (Eisenberg; Johnson, 1996).
Kathy Schrock ensina seus alunos de Pós-graduação a organizarem  WebQuest e
desenvolveu um excelente  slide show para explicar o conceito e as principais características.
6
Aulas e seminários sobre WebQuest estão se espalhando por todos os lados.
7
As  atividades  de  WebQuest  são  uma  estratégia  que  deveria  estar  merecendo
atenção dos educadores no momento em que tende a se ampliar o uso do computador e da
própria  Internet  na  escola.
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Mas  não  é  o  que  acontece,  exatamente  quando  são  muitos  os
professores e as professoras pressionados pelas escolas na perspectiva de encontrar formas
de uso do computador.
9
Os tipos de WebQuest
Existem dois tipos de atividades de WebQuest: curta-duração e longa-duração.
Numa  WebQuest  de  curta-duração,  que  ocupa  de  uma  a  três  aulas,  o  objetivo
educacional se reduz geralmente à aquisição e integração de conhecimentos. Os estudantes,
isolados  ou  coletivamente,  obtêm, principalmente  da WWW, uma  quantidade  signi ficativa  de
novas  informações  e  as  processam  dando-lhes  significado  quando  constroem  um  produto.
Esse produto pode variar desde um texto original até a construção de  web pages, passando
pelo  desenvolvimento  de  apresentações  multimídia  ou  do  tipo  slide  show  ou  slide
presentation.
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O desenvolvimento  desse  produto  pode  ser  uma  estratégia  interessante  para
que os alunos desenvolvam habilidades como pensamento criativo e capacidade de tomada de
6
Esse slide show está disponível em: http://school.discovery.com/schrockguide/webquest/wqsl1.html.
Os textos estão em inglês.
7
Uma coleção de atividades de WebQuest desenvolvidas em diversas universidades e escolas
americanas está disponível em http://edweb.sdsu.edu/webquest/webquest_collections.htm.
8
O site The WebQuest Page [A página da WebQuest], organizado por Bernie Dodge e acessível em
http://edweb.sdsu.edu/webquest/, traz várias informações úteis para quem quer saber mais sobre essa
forma de utilização da Internet na escola. São  exemplos, material para treinamento e outros elementos
de apoio ao professor que pretende desenvolver WebQuest.
9
Quando planejava um curso de capacitação de professores que ministrei em 1999, utilizei os sites de
busca da Internet para encontrar atividades de WebQuest em língua portuguesa. Lamentavelmente não
encontrei registros de uso dessa estratégia no Brasil.
10
Apresentações desse tipo são desenvolvidas com aplicativos como o PowerPoint
(*)
ou o Corel
Presentations
(**)
.
5
decisão, habilidades cujo desenvolvimento a escola deve estimular (US Department of Labor,
1991).
Uma  WebQuest  de  longa-duração  é  desenvolvida  de  uma  a  quatro   semanas.
Numa atividade desse tipo os objetivos educacionais buscam atingir níveis mais elevados do
que na  WebQuest  de curta-duração. Os estudantes são desafiados  a ampliar e  refinar o seu
conhecimento.  Os  estudantes  analisam  mais  profundamente  as  informações  disponíveis  na
WWW e em outros materiais, integram-nas à sua base de conhecimento e demonstram a sua
compreensão também através de uma apresentação para a sua turma.
As habilidades de pensamento que uma atividade de  WebQuest  de longa- duração
pode ou deve exigir incluem, segundo Marzano (1992),
Comparar:    Identificar e articular similaridades e diferenças entre coisas.
Classificar:    Agrupar coisas em categorias definíveis com base em seus atributos.
Induzir    Inferir generalizações desconhecidas ou princípios a partir de
observações e análises.
Deduzir:    Inferir conseqüências não declaradas e condições a partir de
princípios e generalizações.
Analisar erros:  Identificar e articular erros no pensamento próprio ou de outros.
Construir apoio:  Construir um sistema de apoio ou prova para uma afirmação.
Abstrair:    Identificar e articular o tema subjacente ou modelo geral d e
informação.
Analisar perspectivas:    Identificar e articular perspectives sobre questões ou temas.
A estrutura de uma atividade de WebQuest
Numa  WebQuest  alguns  atributos  são  críticos,  formando  seus  componentes
principais.  Inicialmente  eram  cinco  esses  atributos:  introdução,  tarefa,  processo,  fontes  e
conclusão,  conforme  propostos  por  Bernie  Dodge.  Posteriormente  ele  acrescentou  um  sexto
atributo, a avaliação. (Dodge, 1995; Gigglepotz, 2000; Heide, Stilborne, 2000).
A [1]  Introdução  fornece inform ações básicas sobre a atividade, buscando ainda
estimular o interesse dos alunos pela [2]  Tarefa, que deve ser interessante e concreta. Se a
WebQuest  prevê  um  cenário  ou  um  papel  a  ser desempenhado pelos  alunos,  isso  pode  ser
destacado  na  Introdução,  de  modo  a  fazer  com  que  a  tarefa  fique   ainda  mais  atraente.
Informações  básicas,  introdutórias  ao  tema  em  estudo  também  podem  ser  colocadas  nessa
parte. Como destaca Dodge (1995), aqui que se coloca a ―Grande Questão‖.
Mas o que faz com que a atividade seja interessante para o aluno? Sua relevância
com a experiência anterior do estudante ou com metas futuras; se for  atrativa  e visualmente
interessante; se for importante por causa de suas implicações globais; se for urgente por conta
da necessidade de uma solução imediata; se for engraçada.
Na  parte  referente  à  Tarefa,  cabe  uma  descrição  clara,  embora  mais  geral,  do
resultado que se espera da atividade dos alunos. Esse resultado está geralmente na forma de
um produto concreto a ser desenvolvido pelos alunos, como um texto, uma apresentação ou
outro.  Tem  sido  bastante  comum  a  exigência  de  que  essa  produção  seja  feita  na  forma
cooperativa,  estimulando  o  trabalho  com  os  outros,  uma  competência   necessária  no  novo
mundo do trabalho (US Department of Labor, 1991).
A  tarefa do  WebQuest  colocada ao aluno pode ser a de recontar o que aprendeu,
desde  que  isso  não  signifique  buscar  respostas  prontas  para  questões  pré —determinadas,
compilar  informações  de  diferentes  fontes  e  organizá -las  num  formato  comum,  resolver
mistérios, atuar como repórter, desenvolver um plano de ação, desenvolver um produto criativo
(uma  pintura,  um  jogo,  uma  canção),  construir  consenso,  construir  argumentos  para  a
persuasão, analisar ou julgar, conforme a Taxonomia das Tarefas proposta por Dodge (1999).
6
Os  passos  necessários  para  o  cumprimento  da  tarefa  são  descritos  no  [3]
Processo,  que  pode  ainda  servir  para  orientar  os  estudantes  na  forma  ou  estratégia  para
organizar  as  informações  coletadas  para  o  desenvolvimento  do  produto  final  na  tarefa.  Essa
organização pode ser na forma de bloco de notas, fluxograma, mapas conceituais, coletânea
de  endereços  de  sites  na WWW  e  outros,  todos   desenvolvidos  com  auxílio  do  computador
através de software apropriado.
No  Processo  pode  ainda  ser  sugerida  uma  escala  de  tempo  para  o
desenvolvimento de cada etapa ou passo no cumprimento integral da tarefa, buscando otimizar
o tempo dos alunos.
Aqui a tarefa pode ainda ser dividida em sub-tarefas, de modo a facilitar o trabalho
dos alunos, ou serem explicitados os papéis que eventualmente os alunos desempenharão.
As  [4]  Fontes  de  informação,  correspondendo  às  web  pages  selecionadas  para
ajudar os alunos a cumprirem a tarefa, são indicadas através de hiperlinks (nós). Isso permite
que  num  simples  clique  os  alunos  possam  imediatamente  acessar  os  sites  da  WWW
selecionados  pelo  professor  para  a  atividade.
11
Essa  seleção  prévia  não  significa  que  os
alunos  devam  se  restringir  aos  sites  indicados.  A  atividade  pode  mesmo  estimular  a  busca,
pelos alunos, de outras fontes de informação, permitindo-lhes praticar a busca na WWW com
auxílio de sites apropriados para esse fim.
A indicação dos sites  necessários para o cumprimento da tarefa facilita o trabalho
dos  alunos,  ao  evitar  a  sua  dispersão.  Além  disso,  as  visitas  às  fontes  associadas  à
necessidade  de  que  haja  um produto  concreto,  a  ser  desenvolvido  numa  tarefa  interessante
que tem um prazo estabelecido, evitam que o aluno fique ―navegando‖ sem rumo na Internet e,
principalmente,  acessando  sites  que  não  sejam  convenientes.  Esse  uso  inconveniente  da
Internet é um risco que tanto os professores como os pais querem evitar a todo custo.
É  recomendável  ainda  que  se  faça  aqui  uma  pequena  descrição  de  cada  site
selecionado.
Em  alguns  WebQuests  que  organizei,  adotei  a  estratégia  de  disponibilizar  o
endereço eletrônico (e-mail) do autor ou responsável por um  site selecionado para a atividade.
Assim, cria-se a possibilidade dos alunos entrarem em contato com essa pessoa na busca de
mais informações para a tarefa. Faz-se portanto um uso ampliado da Internet, permitindo aos
alunos a prática do e-mail, ampliando a sua alfabetização tecnológica (figura 1).
11
Para evitar que os alunos fiquem conectados na Internet por tempos muito prolongados, o que de
maneira geral representa custos para a escola, é possível utilizar-se a chamada navegação off-line.
Usando software especial (como o Weblicator ou o MemoWeb), faz-se uma cópia de todas as páginas
(incluindo as imagens) dos sites selecionados, mantendo absolutamente seu aspecto. Essas cópias locais
são disponibilizadas na rede interna de computadores da escola. Os alunos teriam a sensação de estar
navegando na Internet, como se estivesse efetivamente on-line, de modo que não seriam afetados no
seu interesse pela atividade.  
7
Figura 1
Página de fontes de um WebQuest
A etapa de seleção das fontes é com certeza a que demanda mais empenho do
professor  e  vai  exigir  maior capacidade crítica  e técnica, no caso de usar  sites  de busca na
WWW. O professor tem que selecionar sites  com informação adequada e correta, que possam
realmente contribuir para o processo de aprendizagem que se busca com a  WebQuest. Essa
dificuldade é agravada pela carência de sites em língua portuguesa em muitos temas. Por isso,
não basta ao professor querer organizar uma WebQuest sobre um determinado tema, por mais
interessante  e  oportuno  que  ele  seja,  por  mais  interessante  que  possa  ser  a  ativida de.  A
concretização  do  projeto  dependerá  da  disponibilidade  de  fontes  na  WWW,  exigindo  ao
professor uma atividade de garimpagem cuidadosa.
Uma  orientação  sobre  a  [5]  Avaliação  da  tarefa  é  recomendada.  Sabendo
antecipadamente em que e como serão avaliados,  os  alunos poderão ser mais  eficientes na
construção do seu produto na tarefa.
Finalmente a [6]  Conclusão, onde se comenta o que os alunos teriam aprendido
com  a  atividade,  se  estimula  mais  aprendizagem,  no  tema  ou  em  assunto  correlato,  e  se
encoraja uma reflexão sobre todo o processo. Aqui se faz realmente uma síntese, que procura
também  ser  estimuladora  da  ampliação  da  aprendizagem,  que  pode  ser  feita  com  a
participação do professor em outro momento.
Para  a  completa  organização  e  desenvolvimento  inicial  de  uma  atividade  de
WebQuest, algumas atividades são essenciais. Elas estão sumarizadas na figura 2.
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Figura 2
A organização de WebQuest
Entre  os  atributos  não-críticos,  e  portanto  não  exigíveis  na  WebQuest,  está  a
possibilidade  dela  ser  interdisciplinar,  da  tarefa  ser  cumprida  por  grupos  ou  equipes  e  da
atividade  estar  revestida  de  elementos  motivacionais,  como  exigindo  que  os  alunos
desempenhem um papel, simulando pessoas com as quais os alunos irão interagir através de
mensagens eletrônicas (e-mail) ou criando cenários para os alunos trabalharem.
A construção das páginas para a WWW
As atividades de WebQuest  devem ser disponibilizadas através de um servidor de
Internet (web server), onde ficam acessíveis para todos os interessados. Exigem portanto que  o
material esteja organizado em páginas apropriadas para Web (web pages) e, se for o caso, em
arquivos de imagens.
Como as atividades da WebQuest estão estruturadas em  web pages, em princípio
sua preparação demandaria dos professores uma capacidade de desenvolver essas páginas,
com a sua linguagem própria.
12
Essa possível exigência de uma capacidade de preparar  web
pages  pode  assustar   os  professores  e  ser  motivo  de  desestímulo  para  se  envolverem  com
uma atividade como o WebQuest. Mas na realidade isso não seria uma exigência absoluta ao
professor. Na medida em que a escola possa oferecer, aos seus professores, um apoio/suporte
12
As web pages, ou seja, as páginas da WWW utilizam a linguagem HTML (HyperText Markup
Language).
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para  a  tecnologia  através  de  um  especialista,  a  situação  estaria  resolvida.  Ficaria  a  cargo
desse especialista a construção das  web pages. Ao professor caberia desenvolver a idéia da
atividade, buscar e selecionar fontes disponíveis na WWW e outras, estabelecer a(s) tarefa(s) e
produto(s)  e  planejar  os  processos.  Há  se  considerar  entretanto  que  estão  disponíveis
programas de autoria para a construção de  web pages que facilitam enormemente o trabalho
do  usuário.
13
Uma  pessoa  que  tenha  alguma  experiência  com  o  uso  de  algum
editor/processador  de  texto  não  terá  maiores  dificuldades  em  construir  web  pages  usando
programas como esses.
Mas para  o desenvolvimento de uma  web page  simples, o professor poderá usar
um  editor  de  textos  como  o  Word
(*)
.  Será  possível  fazer  todo  o  trabalho  como  se  estivesse
preparando um texto, inclusive inserindo figuras
14
. Depois basta gravar (salvar) o  arquivo em
formato htm. Para isso deve-se escolher a função ―Salvar como página da Web ...‖ no menu de
Arquivo (figura 3).
Figura 3
Usando o Microsoft Word para criar páginas para a WWW
Uma atividade de  WebQuest pode ser organizada numa só página da  Web  (figuras 4 e 5)    ou
pode envolver mais de uma página, ligadas por hiperlinks ou hipernós, cada página contendo
uma parte ou atributo do WebQuest (figura 6).
13
É o caso do FrontPage, da Microsoft; do HotDog, da Sausage Software; do Claris Home Page, da Claris
Corporation; ou do HotMetal Pro, da SoftQuad, só para citar alguns exemplos.
14
Enquanto as web pages ficam em arquivo htm (ou html), as figuras devem estar em arquivos
separados. Os formatos gif ou jpg são os mais comumente usados para imagens na WWW.
10
Figura 4
WebQuest organizado em uma página única
Figura 5
WebQuest organizado em uma página única
Nas páginas podem ainda ser usados recursos mais sofisticados de programação
HTML.  É  o  caso  de  frames,  por  exemplo  para  colocação  de  uma  barra  de  menu  que  se
repetiria em todas as páginas do WebQuest (figura 7).
Alguns desses recursos mais sofisticados de programação de web pages não são
possíveis  quando  se  usa  um  editor  de  textos  como  gerador  da  página.  Nesse  caso  seria
11
exigido  o  uso  de  um  software  de  autoria  para  HTML,  demandando  u‘a  maior  habilidade  do
professor  ou  sendo  deixada  a  cargo  do  pessoal  de  suporte.  Mas,  com  certeza,  finuras  de
programação não são o mais importante num WebQuest.
Figura 6
WebQuest organizado em várias páginas ligadas através de hiperlinks
Uma estratégia interessante na montagem das  web pages  é o uso de ilustrações
contextualizadas,  de  forma  que  as  páginas  fiquem  graficamente  mais  atrativas,  um  recurso
visual do computador que não deve ser desprezado (figura 8).
A Internet aí está, integrando o dia-a-dia de mais e mais pessoas. Certamente terá
ainda uma presença mais forte na escola.  Se será realmente uma ferramenta útil no processo
de  formação  dos  alunos  ou  não,  isso  dependerá  da  escola,  dos  alunos  e,  em  muito,  dos
professores.
Certamente  a  responsabilidade  por  uma  reforma  da  escola,  necessária  numa
perspectiva  de  Sociedade  do  Conhecimento,  que  incorpore  as  novas  tecnologias  da
informação  e  da  comunicação,  não  será  apenas  dos  professores.  Mas  a  eles  muito  será
exigido, pois deles dependerão o planejamento e a organização de tarefas de  aprendizagem
que utilizem essas novas tecnologias. A WebQuest é com certeza uma alternativa valiosa a ser
considerada nessas tarefas.
12
Figura 7
Página de WebQuest contendo ―frame‖. À esquerda está a barra de menu que permite o acesso à diferentes partes do
WebQuest.
Figura 8
Página de WebQuest ilustrada com figuras relativas ao tema sob assunto.
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Disponibilizei,  no  meu  site  Educ@re  (http://www.gcsnet.com.br/educare),  alguns  WebQuests.  Alguns
foram  organizados  para  uso  dos  meus  alunos  de  Pós -graduação  na  PUC  Minas  e  em  alguns  cursos
avulsos sobre o uso educacional das novas  tecnologias da informação que ministrei a convite de diversas
instituições.  Para  acessar  a  lista  desses  WebQuests  o  endereço  na  Internet  é:
http://www.gcsnet.com.br/educare/ed380000.html. A seção do meu site que publica  WebQuest poderá ser
utilizada  para  divulgação  do  trabalho  de  outros  professores.  Os  interessados  em  publicar  seus
WebQuests poderão me contatar através do e-mail: marinhos@gcsnet.com.br
(*) Windows, Word, Excel e Access são marcas registradas da  Microsoft Corporation.
(**) Corel Presentations é marca registrada da Corel Corporation.

domingo, 9 de novembro de 2014

O que é uma Webquest.

Informações sobre WebQuest:
 A palavra WebQuest, em sua etimologia, nos remete para a soma de duas palavras:
web (rede de hiperligações) e quest (questionamento, busca ou pesquisa).
O conceito da WebQuest surgiu em Fevereiro de 1995, na San Diego State University (SDSU) pelo professor Bernard Dodge.
 O que é WebQuest (WQ)?
É uma atividade didática, estruturada de forma que os alunos se envolvam no desenvolvimento de tarefas de investigação, utilizando os recursos da Internet, ou seja, é uma estratégia educativa que se concretiza em atividades orientadas para a pesquisa. Seu conceito, por vezes, pode ser traduzido como Aventura na web ou Desafio na web.
 Dodge (1997) apresenta dois tipos de WebQuest, os quais denominou respectivamente de:
WebQuest de Curta Duração: Este tipo de WQ exige tarefas realizáveis a curto prazo,  pode compreender uma tarefa de uma a três aulas.
WebQuest de Longa Duração: Este tipo de WQ é mais recomendada quando o professor dispõe de muitas horas para explorar o conteúdo, pode durar de uma semana até um mês.
Na versão original, as WebQuests são constituídas por 6 (seis) componentes:  Introdução - tarefa - processo - recursos - avaliação – conclusão.
Referência: http://www.ead.ufes.br/mod/page/view.php?id=4185

Etapas/ Uso do Minecraft